LET FREEDOM RING WITH A SHOTGUN BLAAAAAST!!!
Um excelente começo de
carreira de uma das bandas mais fodas do Thrash Metal mundial,
MACHINE HEAD!!!
[Okay, os fãs mais
xiitas do gênero vão provavelmente dizer que o Machine Head não
toca tal gênero, mas foda-se, a banda é foda pra caralho e ponto
final].
O álbum de estreia dos
caras, “Burn My Eyes”, de todos os álbuns da banda, sempre me
chamou mais atenção. Pode não ser o melhor disco deles, mas todo
álbum dos caras soa diferente um do outro, e é como o próprio Robb
Flynn [vocalista, guitarrista e a “mastermind” da banda] disse
uma vez: “Nosso objetivo é nunca fazer o mesmo disco duas vezes”,
eu diria que a melhor forma de descrever o disco é: Uma torrente de
grooves e riffs bastante agressivos.
As músicas são todas
memoráveis, e valem a pena serem ouvidas. Você não vai se ver
entediado ao ouvi-lo. Quase todas as faixas são diferenciadas
estruturalmente, acompanham mudanças de tempo e têm ótimas
músicas.
Machine Head - 1994 - Burn My Eyes |
Os riffs apresentados
nesse disco são monstruosos, assim que o riff de “Davidian”
[faixa de abertura] começa com aqueles harmônicos bem fodas de se
ouvir, e o que falar do timbre das guitarras de Robb Flynn e Logan
Mader, hein? Assim como tudo nesse disco, as guitarras são cheias de
um groove implacável. Considerando o fato de Robb ter vindo do
Vio-lence, que são conhecidos por fazerem aquele Thrash rápido e
insano pra caralho, à primeira vista é meio estranho, pois não
lembra o Vio-lence em praticamente nada, pois não é algo calcado em
velocidade, exceto algumas partes. Mesmo que “Blood for Blood”
tenha uma pegada bem thrash e seja uma das melhores do disco, existem
só umas 3 faixas que têm essa pegada Thrash “oitentista”. O
trabalho de “guitarras solo” aqui não se apresenta tanto, visto
que a proposta do álbum é mais focada em riffs intensos do que
solos, o que não é nenhum problema. E também encontramos umas
coisas de guitarra limpa bem legais e lindas aqui. A introdução de “A
Nation on Fire” não me deixa mentir, é um exemplo mais do que
incrível. Quanto ao trabalho das guitarras, não há nada a se
reclamar, muito bem executadas.
Se você é como eu e
conheceu o Machine Head com álbuns que vieram depois, vai perceber
que os vocais estão muito “na cara”. O que é muito massa, Robb
soa mais cru e com um aspecto “foda-se”. É notável que essa foi
sua primeira tentativa de tentar fazer uma linha vocal além dos
gritos do thrash. As partes limpas de “A Nation on Fire” e “I'm
Your God Now” soam muito boas e é isso aí. O timbre do baixo aqui
é o melhor já apresentado em todos os álbuns do Machine Head,
soando bastante robusto, basta ouvir a introdução de “Old” pra
ficar babando, rsrsrsrsrsrs. O trabalho do baixo é simplesmente o
melhor que Adam Duce já fez, neste álbum e no “The More Things
Change...”, são os álbuns que ele pôs mais esforço, na minha
opinião.
O trabalho de bateria é
tão insano quanto o resto, não posso dizer que é um dos melhores
do Machine Head porque não há como negar que as coisas ficaram mais
técnicas e trabalhadas com Dave McClain, mesmo assim, Chris Kontos botou pra
fuder, muito habilidoso.
Pessoalmente falando, o
que faz este álbum ser o que é, são os riffs, o ritmo das músicas
e as letras. Os temas das letras abrangem desde raiva, depressão,
anti-governo e anti-religião. As letras são bem da hora, casaram
certinho com as guitarras e soam como um verdadeiro “foda-se o
mundo”.
Eis uma tradução de um
trecho de “The Rage to Overcome”:
“Um ódio queima dentro
de mim, pesadas emoções.
Mas eu tenho a vontade de
focalizar isto, sobreviver, inventar, comandar.
Da dor vem uma coragem, a
força da injustiça.
A raiva pra superar tudo.
Uma mente aberta com um punho fechado.”
Acho que as letras deste
álbum ajudarão qualquer um que esteja irritado, e algumas das
faixas, incluindo esta [The Rage to Overcome] podem ser de grande
ajuda em tempos de depressão. Não há muito mais que dizer sobre
este disco, é claro que é o mais importante da história da banda,
afinal é o primeiro. Pode não ser o que os deu mais fama como o
“The Blackening”, mas não há como negar que é um disco muito
foda. Recomendo àqueles que curtem Metal, independente de gêneros,
rótulos ou qualquer coisa deste tipo.
E nada melhor do que terminar esse post com a faixa "The Rage to Overcome", não é mesmo?
E nada melhor do que terminar esse post com a faixa "The Rage to Overcome", não é mesmo?
Download do disco AQUI.
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