Exatamente como soaria um martelo de 10 toneladas.
Após
o lançamento do 1º álbum da banda, o "Burn My Eyes" de
1994, o Machine Head tinha que provar para o mundo que eles não eram
uma banda "One Hit Wonder" e que poderiam repetir a dose, e
até mesmo soarem melhor. E eu, assim como muitos fãs da banda,
acredito que eles conseguiram.
The More Things Change, disco de 1997. |
A
diferença mais notável entre o "Burn My Eyes" e o "The
More Things Change..." é o andamento. Enquanto o álbum de 1994
tem sua parcela de músicas pesadas e também tinha um bom número de
músicas rápidas e agressivas, no "The More Things Change..."
os caras querem usar de suas "marretas de 10 toneladas" e
botar pra fuder de todas as maneiras possíveis. Eles fazem isso com
riffs lentos e pesados "pa porra". Com este álbum, o
Machine Head pôs o groove metal em um novo patamar. Todas as músicas
soam bem pesadas, mas sem deixar o aspecto groovado de lado. Mesmo
que a voz de Robb Flynn ainda soe bem crua e os gritados soem bem
“primitivos”, ele usa um pouco mais de voz limpa do que antes.
O
álbum também é o primeiro da banda com seu atual baterista, Dave
McClain. Ele, pelo jeito, não sentiu tanto assim o peso de
prosseguir o trabalho que antes era feito por Chris Kontos, visto que
Dave é um baterista bem melhor. A bateria neste álbum complementa
muito bem o peso dos riffs, com levadas mais trabalhadas nos tons e
no pedal duplo e as viradas são bem mais intrincadas.
O
álbum começa com “Ten Ton Hammer”, uma música cadenciada com
bastante “apito” de harmônicos naturais, por parte das
guitarras, com grooves bem dosados e refrão bem carregado no peso. A
próxima, “Take My Scars”, com guitarras e bateria “martelando
tudo”, provavelmente é uma das músicas de groove metal mais
pesadas já gravadas. E aí vem “Struck a Nerve”, a mais rápida
do disco. Pessoalmente falando, eu não consigo escutar essa música
sem aumentar o volume e querer estar em um moshpit. Estas 3 primeiras
já são clássicos do Machine Head e são frequentemente tocadas em
seus shows.
A
próxima é “Down to None”, que começa com um riff de guitarra
bem ‘estranho’ que se transforma em um riff arrasa quarteirão,
que daí então, puxa pro verso que é impulsionado pela bateria e
pelos vocais, daí muda de lento pra rápido várias vezes. O que é
bem legal, essa variação. Essa música é seguida por “The
Frontlines” e “Spine”, ambas bem groovadas e pesadas também.
Da Esquerda para a direita: Adam Duce [baixo], Robb Flynn [vocal e guitarra], Dave McClain [bateria] e Logan Mader [guitarra]. |
E eis
que o Machine Head volta com uma faixa rápida, “Bay of Pigs”,
que tem um contexto bem similar a “Struck a Nerve”. “Bay of
Pigs” tem versos bem intensos e daí, dá uma desacelerada pro
refrão. A próxima é “Violate”, que é provavelmente a mais
lenta e mais emocional do disco, com Flynn usando vocais limpos.
“Blistering” traz de volta a energia e a empolgação, com
refrãos pesados e tempos quebrados. O álbum termina com “Blood of
the Zodiac”, mais uma da categoria “pesada e lenta”.
Porém,
na minha opinião, este ainda não é o melhor álbum do Machine
Head, é um dos mais diferentes que eles já fizeram. Não que isso
seja algo ruim, eles puseram o groove metal em um nível maior, só queria acrescentar que a banda evoluiu bastante do começo até agora.
Saca a lapada aí, a música "Ten Ton Hammer", que você vai entender o que eu tô dizendo.
P.S.: Queria terminar dando um alô pro pessoal da página Machine Head Brasil, no Facebook.
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